A partir de uma apresentação de Pierre Levy no 3o. Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação em 2010, destaco os passos do ciclo de gestão do conhecimento pessoal apresentado pelo autor e comento cada um deles para reforçar seu entendimento.
Como podemos aprender de forma coletiva? Os passos a seguir ajudam a construir um caminho.
Saímos de um modelo informacional unidirecional onde não questionávamos o que recebíamos e tínhamos de acreditar que aquela informação era verdadeira.
A partir da Internet e do mundo em rede, precisamos adquirir novas competências informacionais e passar a gerenciar nosso ciclo da gestão do conhecimento. Na visão de Pierre Levy, esse ciclo passa pelas seguintes etapas:
1. A gestão da atenção - É preciso desenvolver uma visão sistêmica, definir o foco, as áreas de expertise, evitar distrações e saber o que se quer aprender. É muito importante explicitar essa questão e confiar em suas escolhas, pois as armadilhas informacionais são muitas!
2. Conectar-se a fontes valiosas - estabeleça um fluxo informacional pessoal e institucional. Nao se trata de definir plataforma. O ambiente é multiplataforma. O importante são as conexões que você estabelece entre as fontes de informação. É fundamental desenvolver a competência e a crítica para saber o que é importante, o que é verdadeiro e o que é relevante.
3. Coletar e filtrar informações - O resultado da conexão que você estabelecer irá trazer uma quantidade relevante de informações que deverão ser filtradas e refiltradas até que seja possível identificar apenas aquelas que sua mente dá o alerta e indica como sendo relevantes.
4. Categorizar - Nossa memória é baseada na categorização. É muito importante criar categorias, taxonomia (hierarquizar os temas), atribuir palavras-chave, enfim, utilizar recursos que permitam localizar a informação de forma lógica.
Nao somos mais profissionais apenas consumidores de informação, somos também produtores e portanto precisamos aprender a organizá-la.
Existem muitas formas de se categorizar informaçao na web. Existem, por exemplo, as hashtags (#) no Tweeter, as tags em ambientes digtiais 2.0, os favoritos compartilhados (social bookmarks) e tantos outros que são possíveis utilizar para facilitar esse processo. Basta escolher um recursos e aplicar uma lógica.